O
trabalho da equipe de transição está avançando e dentro do esperado pela
Comissão?
Sim. A
Comissão, na atual fase, está levantando as informações dos órgãos. Só após
este processo, iniciará a elaboração de um diagnóstico da situação.
O Governo
do Estado está contribuindo da forma esperada?
O Governo
está contribuindo da forma que ele definiu. E de acordo com a visão do
Governo, todas as informações devem ser solicitadas ao Chefe do Gabinete Civil.
A Comissão fica, pois, a mercê dessa centralização. Do meu ponto de vista, isso
dificulta e atrasa o processo.
Algum
dado ou informação que tenha chamado a atenção da Comissão?
Dos dados
recebidos oficialmente, nenhum tem chamado a atenção. Até porque foram poucos.
Pelas
informações preliminares, é possível fazer um prognóstico de como o futuro
governador vai encontrar o Estado?
Ainda
não. Mas a situação de ausência de planejamento do Estado e não funcionamento
dos órgãos já é por demais conhecida.
O senhor
tem sido apontado como um dos secretários do futuro governo, já houve conversa
sobre isso, qual área de sua preferência e essa pasta é para aproximá-lo mais
do povo?
Nenhuma
conversa sobre isso. Garanto que não passa de especulações. Exercerei o mandato
de deputado estadual.
O senhor
e Fátima estão muito próximos do futuro governador, como será a participação do
PT no governo?
O PT
contribuiu com a vitória e, legitimamente, deve participar do Governo. Mas, até
o momento, não houve discussão com o governador eleito sobre como se dará a
nossa participação. E essa discussão e a definição da participação do PT no
Governo, será feita através de uma Comissão Política, formadas por membros de
nossa Executiva Estadual.
O
senhor foi um crítico ferrenho do atual governo, figura maior da
oposição, como vai ser fazer parte do governo, da situação?
O PT já
esteve na situação. No Governo, vamos contribuir para colocar em prática aquilo
que defendemos.
O
deputado federal eleito Rogério Marinho criticou Robinson e o prefeito Carlos
Eduardo pela antecipação da campanha de 2016, incluindo o lançamento do seu nome pelo governador
eleito, como você vê essa crítica?
De
campanha antecipada, o RM entende. Só vive pensando em voto e em eleição. Como
eu já falei, Robinson expressou tão somente o interesse dele de que nossa
aliança vá além de 2014. Nada mais do que isso.
O senhor
vai ser candidato a prefeito de Natal em 2016?
Esta é
uma decisão que só será tomada em 2016. Antes disso, temos que atravessar todo
o ano de 2015, com seus desafios e demandas. No momento certo - e não é agora -
vamos debater este assunto, primeiramente, com os filiados e as filiadas do PT
e, depois, com os partidos potencialmente aliados.
A
economia, entre outros setores do país, está sendo bastante criticada e a
miséria voltou a crescer no país, o PT, com Dilma, perdeu a fórmula de governar
que teve sucesso com Lula?
A miséria
não voltou a crescer no país. Ao contrário, o Brasil saiu do Mapa da Fome e as
taxas de emprego, em outubro, foram as maiores se comparadas com o mesmo
período de anos anteriores. Além disso, a renda média da população aumentou,
conforme os dados divulgados na semana passada e a inflação está sob
controle. Lógico que o país sente os efeitos da crise mundial, que ainda
vai se estender por um bom período. A diferença do nosso país é que a
Presidenta Dilma, a exemplo de Lula, tomou a acertada decisão de não jogar o
custo da crise nas costas dos trabalhadores. E é essa a disputa que marcou as
eleições e vai continuar presente durante todo o governo: quem paga a conta dos
custos da crise mundial. Dilma segue a mesma fórmula de governar iniciada pelo
Lula: combater as desigualdades sociais, distribuir renda, construir um país
mais justo. E, para isso, há que se enfrentar os históricos privilégios que
marcam a sociedade brasileira. Por isso mesmo, enfrenta e enfrentará a
implacável oposição de quem não quer perder parte desses privilégios. Simples
assim.
Fonte : Jornal de Fato
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